sexta-feira, 16 de julho de 2010

Saiba como identificar um usuário de drogas

SAIBA IDENTIFICAR UM USUÁRIO DE DROGAS


Luis Carlos Ávila

Esp. Dependência Química

Importante: As informações que descreveremos a seguir constituem uma espécie de guia para se descobrir se seu (sua) filho (a), amigo (a) é usuário (a) de drogas ou não.




Eis alguns sinais gerais, relacionados, possivelmente, ao uso de drogas:



Falta de motivação para estudar ou trabalhar;

Mudanças bruscas de comportamento.

Troca do dia pela noite;

Inquietação, Irritabilidade, ansiedade, cacoetes.

Perda de interesse pelas atividades rotineiras.

Insônia;

Olhos avermelhados, olheiras.

Necessidade cada vez maior de dinheiro. Desaparecimento de objetos de valor ou dinheiro, etc. Pertences de valor de dentro de casa ou de amigos e parentes;

Há alterações súbitas de humor, uma intensa euforia, alternada com choro ou depressão;

Há perda de sono ou apetite, insônia, intercalada com períodos de sono demorado, troca do dia pela noite;

Começa a se relacionar com amigos diferentes;

Fica mais descuidado com a higiene pessoal;

Muda o vocabulário, usando termos mais pesados;

Tem atitudes de culpa e reparação: agride os pais, chora, se tranca no quarto;

Passa noites fora de casa;

Apresenta apetrechos como espelhinhos, fósforos, canudos, usados para cheirar cocaína;

Aparecem entre os pertences restos de fumo, maconha ou crack;

Tem receitas de medicamentos ou caixas de comprimidos de psicotrópicos;

As roupas, os lenços ou as mantas têm cheiro forte de solvente;

Há vestígios de pó branco nos bolsos.

O que é dependencia química

DEPENDÊNCIA QUÍMICA




Adicção, Drogadicção, Drogadicto



A dependência química não é uma doença aguda. Trata-se de um distúrbio crônico e recorrente. E essa recorrência é tão contundente, que raramente ocorre abstinência pelo resto da vida depois de uma única tentativa de tratamento. As recaídas da drogadicção são a norma. Portanto, a adicção deve ser abordada mais como uma doença crônica, como se fosse diabetes ou hipertensão arterial.



Considerando o fato da dependência química ser um distúrbio recorrente e crônico, alguns autores mais realistas consideram como um bom resultado terapêutico, tal como se deseja no tratamento da hipertensão arterial, asma brônquica, reumatismo, diabetes, etc, uma redução significativa do consumo da droga, e longos períodos de abstinência, supondo a ocorrência de recaídas ocasionalmente. Muitos acham que este seria um padrão razoável de sucesso terapêutico, da mesma forma que em outras doenças crônicas, ou seja, o controle da doença, mas não a sua cura definitiva.



Vamos chamar de "psicoativas" as drogas psicotrópicas, portanto, com efeito sobre o Sistema Nervoso Central. Convencionalmente, vamos chamar ainda de "psicoativas" as drogas de caráter ilícito, cujo efeito por ela produzido é de alguma forma agradável ao usuário. Pois bem. Quando se usa uma droga psicoativa, o efeito proporcionado por ela adquire para a pessoa um caráter de recompensa prazerosa.



A maioria das definições de adicção a drogas ou dependência de substâncias inclui descrições do tipo "indivíduo completamente dominado pelo uso de uma droga (uso compulsivo)" e vários sintomas ou critérios que refletem a perda de controle sobre o consumo de drogas.



As pesquisas, hoje em dia, caminham através da Psiquiatria e da Psicologia Experimental, juntamente com a Neurobiologia. Todas essas áreas se esforçam para identificar os elementos emocionais e biológicos que contribuem para alterar o equilíbrio do prazer (homeostase hedonista), alterações esta que dá origem àquilo que se conhece como drogadicção (droga-adicção). A palavra "adicção", em português, é um neologismo técnico que quer dizer, de fato, "drogadicção".